sábado, 14 de dezembro de 2013


 

 Emissora continua aposta no filão infantil com remake  Chiquititas!

Depois de dirigir uma novela (angolana) escrita pela filha Margareth, Reynaldo Boury vai dirigir o próprio neto no remake de Chiquititas, que Íris Abravanel, a mulher de Silvio Santos, prepara para o SBT. Protagonizada pelos jovens atores Guilherme Boury (Júnior), neto do diretor, e Manuela do Monte (Carolina), a novela, de acordo com Reynaldo, irá atualizar a trama originária da Argentina, sem ignorar a espinha dorsal da história, além de acrescentar-lhe narrativas paralelas, que não havia na primeira versão, exibida em 1997, em parceria com a Telefe.
"Com o Guilherme (filho de Margareth Boury) é a primeira vez", afirma o avô, lembrando que até então o neto havia feito novelas apenas na Globo e na Record. "A intimidade não facilita nem complica o trabalho. Afinal, a questão profissional está sempre em primeiro plano", acrescenta Reynaldo Boury, experiente diretor de telenovelas, que também passou por várias emissoras antes de chegar ao SBT. 
Na opinião do diretor, Silvio Santos acertou em cheio ao colocar no ar uma novela (Carrossel) para crianças no horário nobre.
"Não vamos desprezar a oportunidade de continuar com o filão infantil", reconhece Reynaldo Boury, comemorando os altos índices de audiência da novela, que teriam contribuído, inclusive, para a continuidade da aposta da emissora no segmento. 
Ao ser interrogado sobre a escolha do elenco de Chiquititas, o diretor não esconde que ela foi feita conjuntamente com a autora do remake, que prefere chamar de "dona" Íris Abravanel.
"Tudo é feito em parceria com ela", confessa Reynaldo Boury. Mesmo tratando-se de uma trama original argentina, o diretor acredita que a novela infantil tenha a ver com a realidade brasileira. "Há crianças sem famílias, que moram em orfanato, no mundo inteiro", justifica Boury. 
 POSITIVA
O repertório de mensagens positivas contido em Chiquititas, no qual o bem é sempre distinto do mal, é o que mais interessa ao diretor.
"Na minha opinião, a TV brasileira caminha para um lado perigoso, do sensacionalismo. Isso é muito ruim", critica Reinaldo Boury, para quem a teledramaturgia, infelizmente, segue também o (mesmo) perigoso filão. "A família brasileira deveria ser mais respeitada", cobra da emissoras. 
Segundo Boury, Carrossel prova que a família pode assistir novela sem problemas.
"Avó, filha e neta, enfim, toda a família não é constrangida com cenas abusivas. Nesse sentido, o slogan do SBT ("A novela que vai unir a família brasileira") caiu perfeito", conclui.

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